A importância de não fumar antes da cirurgia plástica

O tabagismo é um dos principais aspectos que pode evitar uma cirurgia de ser feita ou ainda gerar complicações para a mesma. Por isso, é muito importante não fumar durante o período pré e pós-operatório.

 

Em caso de cirurgias complexas, como abdominoplastia, são necessários seis meses, pelo menos, sem fumar, uma vez que há uma grande alteração cardiorrespiratória, pulmonar e nos vasos sanguíneos, e a presença de substâncias do cigarro poderia levar a complicações para a paciente.

 

É de vital importância também não omitir, ou mentir, para o cirurgião caso não consiga parar de fumar, pois é a vida do paciente que estará em perigo nestas situações, inclusive correndo o risco de morte.

 

Além do pré-operatório, é importante também não fumar durante o período de recuperação, uma vez que o corpo estará fragilizado para a presença de substâncias que podem ser fatal para o organismo, como a nicotina.

 

Outro aspecto é a dificuldade de cicatrização em pessoas fumantes, é notório o número de pesquisas que indicam uma relação direta do fumo com dificuldade de cicatrização dos tecidos em qualquer procedimento cirúrgico, por isso é interessante aproveitar o desejo da cirurgia plástica para abandonar hábitos não saudáveis.

Exercício físico e a cirurgia plástica

A prática de exercícios físicos é alterada durante as cirurgias plásticas. Porém, estudos comprovam que um possuir um bom condicionamento físico antes do procedimento pode auxiliar no período de recuperação.

Segundo a pesquisa, é possível obter um período pós-cirúrgico com incômodos mais amenos e de maneira mais acelerada, sendo possível até resultados mais eficazes.

Isso se deve a boa circulação que o sangue possui para essas pessoas, reduzindo as chances de efeitos colaterais no corpo e permitindo também uma vascularização aceitável após o procedimento.

Após a cirurgia, porém, o recomendável é o repouso após o período de recuperação, sendo, geralmente, 15 dias sem realizar nenhum tipo de atividade física e 30 dias sem a prática de exercícios intensos, como natação e futebol.

Expectativas irrealistas na cirurgia plástica

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), cerca de 30% dos pacientes são rejeitados por um cirurgião por terem expectativas irreais, não sendo possível atender as demandas pedidas.

A cirurgia plástica pode realizar grandes melhorias, não apenas estéticas, mas também psicológicas em quem se submete ao tratamento, mas para isso é necessário compreender quais são os objetivos da operação e da paciente.

Geralmente, a pessoa que possui uma expectativa irrealista sobre um procedimento espera ficar parecida com a celebridade que viu na televisão, atingir um patamar de beleza  que é inalcançável somente com a operação ou, ainda, utilizar a cirurgia para algo que não depende dela, como salvar um relacionamento ou tratar uma depressão.

Para decidir realizar ou não uma cirurgia plástica, é realizada uma longa entrevista entre cirurgião e paciente, necessária para descobrir se o procedimento vai atingir as expectativas geradas e se há alguma segunda intenção por trás do desejo de fazer a intervenção.

Além das expectativas, há outros motivos que podem barrar uma operação estética, como anorexia, diabetes e distúrbios hemorrágicos, devido a possibilidade de complicação dessas condições.

Fases pós-operatória da mamoplastia

A cirurgia de mamoplastia, implante de prótese de silicone, não termina no momento da operação, sendo necessário respeitar diversas fases do processo pós-operatório para uma boa recuperação das mamas, sendo elas.

 

6 a 12 horas – Neste período, a paciente fica internada, para que possa passar o efeito da anestesia e garantir que a paciente esteja bem.

 

24 horas – Durante esse tempo, a paciente mantém curativos nos locais onde foi realizada a incisão, podendo ser medicados analgésicos para diminuir o desconforto. Além disso, o banho completo não pode ser realizado no período.

 

30 dias – No primeiro mês após o transplante, as mamas ainda estarão com o aspecto inchado, e pede-se que não tenha nem movimentos bruscos, e nem que se levante os braços, pedindo-se que haja ajuda externa para lavar o cabelo, por exemplo.

 

3 meses – A partir do 30° dia, as atividades físicas podem ser retomadas gradualmente, desde que sem sobrecarregar as mamas. Também pede-se que hidrate bem o local e evite exposição excessiva ao sol, pois isso pode manchar as cicatrizes.

 

18 meses – Depois de três meses, o inchaço da mama diminui constantemente, sendo que o resultado final pode ser perceptível em até um ano e seis meses após a cirurgia, com cicatrizes mais finas e discretas.

 

Essas indicações podem mudar de acordo com o caso clínico de cada paciente, sobretudo, quando existem cuidados adicionais.

Mas via regra, as orientações são essas.

Ansiedade pré-operatória e pós cirurgia plástica.

Ansiedade pré-operatória e pós cirurgia plástica.

 

Durante os dias que precedem uma cirurgia plástica, é comum o paciente sentir algum nível de ansiedade, uma vez que o procedimento promove uma série de transformações irá refletir não só durante o período de recuperação, mas durante toda a vida de quem realiza a operação.

 

Existem algumas formas de diminuir o estresse pré-operatório, sendo a primeira buscar esclarecer todas as suas dúvidas com o cirurgião responsável pelo procedimento, havendo uma transparência e uma relação de confiança entre paciente e médico.

 

Também é importante estudar bastante sobre a cirurgia e conversar com outros pacientes que já realizaram a operação, uma vez que o esclarecimento sobre a cirurgia pode eliminar possíveis inseguranças, e com isso a ansiedade.

 

Além disso, é interessante trazer um ambiente de diálogo sobre o assunto com familiares e amigos que possam te apoiar durante os dias que precedem a operação, trazendo mais empatia sobre o tema, e promovendo um ambiente mais seguro para um debate sobre a cirurgia.  

 

O planejamento cirúrgico do médico é realizado nos mínimos detalhes para que tudo ocorra bem durante e depois do procedimento, a equipe é altamente treinada e as recomendações que são passadas antes e depois do procedimento, são fundamentais para que tudo ocorra dentro da normalidade.

 

Controlar a ansiedade é fundamental, para que as recomendações sejam observadas à risca, a cicatrização é um processo do pós operatório, e em cada fase, a paciente é orientada de como proceder, visto que, não é interessante se preocupar com algo que vai acontecer daqui 2 meses, mas sim o que precisa ser feito hoje por exemplo.

 

Percebemos que algumas pacientes, ficam ansiosas pelos passos seguintes, e não realizam corretamente os passos iniciais, pulando etapas do pós-operatório, e isso não colabora com todo o processo de recuperação.

Queda de mama secundária após o implante de silicone

Queda de mama secundária após o implante de silicone

A mamoplastia de aumento é um dos procedimentos mais procurados pelas pacientes. A razão por trás dessa demanda está alinhada com o papel importante da mama na sexualidade feminina e ao bem estar psicossocial da mulher.

Uma pergunta comum das pacientes é se a mama poderá cair depois do implante de silicone, ocorrência conhecida como ptose mamária.

Esse é um tema muito importante de discutir com a paciente antes da cirurgia, visto que o principal objetivo do implante de silicone é aumentar o volume da mama e melhorar o seu posicionamento.

Porém é possível que a mama possa cair após a cirurgia, e essa possibilidade tem vários fatores, como:

  •         Espessura da pele da paciente;
  •         Flacidez;
  •         Ganho de peso e perda de peso;
  •         Hábitos alimentares incorretos;
  •         Flacidez muscular;
  •         Peso da prótese.

Em estudos realizados com pacientes após a cirurgia de implante de silicone, foi identificado um percentual pequeno de casos com algum tipo de queda ou alteração no resultado, sendo que, em todos, a modificação foi leve ou moderada.

É muito difícil controlar o que irá acontecer depois da cirurgia, pois cada pessoa tem um organismo diferente. Via de regra, tomamos todos os cuidados para escolher o tipo de prótese e a fixação mais adequada para a paciente.

O tecido mamário, depois da cirurgia, continua sofrendo com fatores como os efeitos da gravidade, o envelhecimento da pele e o aumento da flacidez. que podem favorecer a queda das mamas.

Além disso, a cicatrização e o tipo de pele também diferem de pessoa para pessoa.

O tratamento da ptose mamária exige combinações de técnicas complexas e cuidadosa análise pré-operatória para a definição das melhores técnicas a serem utilizadas, diminuindo a necessidade de revisões cirúrgicas, buscando mais harmonia e durabilidade da cirurgia.